9 entre cada 10 respostas à pergunta “o que te impede de começar a investir” possuem a palavra medo
Se você já teve alguma vontade de começar a investir seu dinheiro em aplicações que fossem melhores do que a poupança, é possível que você tenha tido algum tipo de receio em certo momento. Bem-vindo ao clube! Você não está sozinho. O medo de investir é mais comum do que você imagina.
A verdade é que o processo de colocar seu dinheiro em uma aplicação que vá render juros e te entregar mais lá na frente é um processo de decisão.
Você tem que comparar diferentes opções, modalidades, sopas de letrinhas, OH MY GOD que trampo!
É natural que, se essa é sua primeira experiência, você tenha o impulso de deixar de lado. Seja pelo medo de seguir em frente sem ter claro o que fazer, seja pelo volume enorme de informações complexas.
Os diferentes medos que rondam a cabeça do investidor que vai começar sua jornada são diversos. Daria para fazer uma lista imensa sobre eles. Mas esse não é o ponto aqui.
Nesse artigo, quero falar diretamente com você e discutir os medos mais comuns que te fazem deixar de lado a decisão de investir.
Vamos então:
- Analisar de onde vem o medo
- Quais são os principais motivos que te travam na hora de investir
- Como buscar soluções imediatas
Tudo o que você precisa é continuar comigo na leitura. Bora nessa?
Na voz da galera
Recentemente, eu fiz uma pergunta na minha newsletter semanal, a Fator M (para receber gratuitamente, é só se cadastrar ao lado), sobre quais eram os maiores medos dos nossos leitores.
O objetivo com isso era entender, mais especificamente, como podemos ajudar de forma mais direta. Assim, esperamos deixar o caminho menos turvo para quem quer começar a vida de investidor.
Recebi muitas respostas e posso dizer que esse artigo só saiu por conta delas. Por isso quero agradecer aqui a quem mandou seu relato. Certamente assim o artigo ficou bem mais completo 😉
Com o que eu li, pude identificar 6 diferentes fontes de medo na hora de investir. Então reuni todas aqui, onde vamos ver em mais detalhes sobre cada uma.
O medo de perder dinheiro
De alguma forma, todas as vias levam para essa conclusão: e se eu perder meu dinheiro?
Foi o que a Ju respondeu para mim:
Eu também fiquei com muito medo de comprar minha primeira ação. Afinal, não entendia direito como isso funcionava e não tinha para quem perguntar.
Esse receio de investi e perder tudo ou boa parte vem muito do fato de acreditar que um investimento é muito arriscado.
Se você nunca leu muito sobre o mercado de ações e quiser comprar ações da Petrobras na louca, sim, isso será arriscado.
Porém, não é só de ações de Petrobras que vive o investidor. Você pode, por exemplo, buscar investimentos de baixíssimo risco na Renda Fixa. O Tesouro Direto, por exemplo, é mais seguro que a própria poupança.
No caso de ações, vale também começar por aquelas menos risca faca, como empresas maiores, líderes de mercado e consolidadas.
Isso se conecta com o segundo medo.
O medo de não saber por onde começar
Ok, você entendeu que dá para buscar investimentos seguros e mais conservadores e com isso perder aquele medo de perder grana.
Mas pode ser que você fique paralisado por não saber por onde começar.
Quando você tem muita informação dispersa sobre um mesmo assunto, fica bem complicado organizá-las em uma sequência que faça sentido.
Imagine se seu carro para de funcionar e você resolve abrir o capô para dar uma olhada. Você bate o olho naquele monde de peça, motor quente, um tanque aqui, umas ventoinhas ali e pensa “fu…”, não sei o que fazer.
O problema é que tem muita coisa estranha ali para analisar.
Investimentos podem parecer aquele mundão de peças debaixo do capô à primeira vista. Mas não precisa ser assim, você só precisa saber por onde começar.
Por isso, minha dica é a seguinte: comece pelo básico!
“Mas o que é básico, Vinícius?”
Análise gráfica de ações, Forex ou o mercado de Opções definitivamente não são o básico.
Investimentos de Renda Fixa, por exemplo são. Aliás, te mostrar exatamente por onde começar é a proposta do nosso curso online, o lucrAtivo.
O medo do oculto
Quando eu era pequeno (eu não cresci muito, tudo bem… Quando eu era mais novo…), eu achava legal assistir ao programa do Sérgio Malandro (ié ié!).
Nele, o sortudo ou azarado da vez tinha que escolher uma porta. Atrás dela, poderia existir um prêmio ou um monstro.
Eu sempre ficava aflito assistindo, com medo de descobrir o que tinha atrás da porta. Poderia ser um prêmio, sim! Mas e se fosse um bichão louco?
Eu tinha medo por não saber o que estaria do outro lado. Aquilo era oculto para mim.
Assim são muitas vezes as taxas cobradas na hora de investir. Em alguns casos pode ser o fato de não estarem claras, como aquelas que ficam escondidas nas entrelinhas dos prospectos e contratos.
Em outros casos, pode ser como o que a Carolina me contou:
Pois é, Carol, vovó já dizia: “Quando a esmola é demais, o santo desconfia”.
Como é que uma corretora, que é uma empresa e precisa ganhar dinheiro, vai se sustentar com taxa zero?
Eu também desconfiaria em um primeiro momento. Mas dessa vez não tem muita cilada aqui não. Na verdade hoje a maioria das corretoras tem adotado taxa zero (ou bem baixa) para aplicações de renda fixa como uma porta de entrada para atrair novos clientes. Onde elas realmente ganham dinheiro é com as taxas de corretagem e custódia de ações.
Portanto, se você é do time que só vai ficar na Renda Fixa, provavelmente não vai precisar se preocupar com custos ocultos.
O medo da emergência
“Beleza, entendi os custos da corretora, comecei pelo básico e tô sacando como controlar os riscos. Mas e se der uma zica por aqui e precisar da grana em uma emergência?”
Esse foi mais um medo que chegou até a minha caixa de entrada. O que fazer se não puder tirar o dinheiro em uma emergência?
Bom, vamos evitar que isso aconteça. É pensando em imprevistos (como perder o emprego ou bater o carro) que precisamos deixar parte da nossa grana em aplicações de fácil acesso (o termo técnico para isso é boa/alta liquidez).
Isso porque existem investimentos que travam seu dinheiro por um tempo. É o caso, por exemplo, de CDBs ou LCIs e LCAs de bancos menores. Em alguns deles, você não pode resgatar o seu dinheiro antes de 1 ano da data de aplicação.
Para evitar zicas, busque deixar pelo menos uma parte do seu dinheiro, aquela que você pode precisar no curto prazo (menos de 1 ano, por exemplo), em investimentos com liquidez diária.
Exemplos? Tesouro Selic, Fundos DI e CDBs com liquidez diária.
Ações possuem alta liquidez? De certa forma, sim. Porém existe um risco muito maior de perder dinheiro caso você precise retirar a grana em uma emergência e o momento da ação for desfavorável.
Ou seja: dinheiro para a sua segurança fica em investimentos seguros, ok?
O medo do tempo
Essa foi a mensagem do Jean, que mandou muito bem na pergunta.
É extremamente comum imaginar que para investir na Bolsa de Valores, comprando e vendendo ações, você precisará de muito tempo acompanhando o mercado. Mais do que isso, é normal pensar que esse é um processo ultra-complicado.
Na verdade, não precisa ser assim. Se você investe em ações pensando no curto prazo, sim, precisará de algumas horas por dia na frente do computador.
Mas não é isso que a gente propõe aqui no investeaê. Investir tem que ser algo legal para você, não um peso.
Por isso, focamos nos fundamentos das empresas para escolher boas sociedades. Com um foco de longo prazo, não só os riscos diminuem, como o tempo gasto na frente do PC também.
Sendo assim, se você tem receio de precisar de muito tempo acompanhando o mercado para poder investir, que tal buscar uma alternativa menos penosa?
O medo de repetir o passado
O último medo que eu escolhi para compor o time veio da mensagem de leitor que mais me chamou a atenção nesses últimos dias.
Daria para retomar aqui o medo do oculto ou o de perder dinheiro, mas o foco é na última frase, onde meu amigo me fala “medo de novamente perder todo o investimento”.
Nos 5 casos anteriores, vimos medos que ocorrem geralmente antes de se começar a investir.
Nesse sexto caso, é um pouco diferente. Já ouvi outros relatos de quem passou por alguma experiência ruim com investimentos, perdeu uma certa grana e tem receio de perder de novo.
Não dá para não ficar com medo de investir numa situação dessas, eu entendo.
Porém, o ponto que precisa ficar claro é que, ao investir, todos nós estamos sujeitos a erros. Não importa quão bom você for (ou achar que é).
O que é importante, acima de tudo, é errar pequeno e ganhar grande.
Assim, o problema não é cometer erros mas, sim, controlar o tamanho deles e de suas perdas, para que eles sejam um aprendizado para o futuro e não o motivo para abandonar os investimentos.
Todos erramos, bola pra frente!
Depois de uma queda, é hora de levantar e recomeçar, indo no seu ritmo. Também é legal manter em mente que nem sempre o mais arriscado é o melhor.
Destemido
Espero que esse artigo tenha te ajudado a buscar formas de superar aquilo que ainda possa te causar medo na hora de tirar seu dinheiro da poupança e colocar em um lugar melhor.
No final, você pode (e deve) ter atenção com o seu dinheiro e se preocupar onde ele está aplicado, mas não precisa ter medo disso.
Os diferentes tipos de investimentos que estão disponíveis por aí, sejam eles de Renda Fixa ou Renda Variável, vieram para ajudar e não para te prejudicar.
Bem, você só precisa saber separar os bons dos maus investimentos.
Foi o que exatamente o que fez o Carlos, que buscou uma forma melhor de investir e aumentar sua renda.
Para saber mais sobre a história dele e como você também pode se tornar um investidor, clique aqui.
Busque começar com um passo de cada vez, mas sempre em frente!
Bons investimentos.