Loading...

A Reforma da Previdência – Tudo que você precisa saber

Por
6 de dezembro de 2017
8 minutos de leitura
1 comentário

Você já deve ter ouvido falar na tão polêmica reforma da Previdência. Mas você sabe para que ela serve?

Primeiro eu vou te contar um pouquinho sobre como ela está atualmente.

Previdência é um programa do governo, um direito do cidadão com carteira assinada. Ela garante o sustento do trabalhador durante a aposentadoria.

Hoje, para você se aposentar, precisa se enquadrar na seguinte regra:

Se você for homem, sua aposentadoria é permitida a partir dos 60 anos, se você contribuiu por 35 anos. Já se você for mulher, você pode se aposentar com 55 anos, tendo contribuído por 30 anos.

Resumidamente, se você está trabalhando hoje, e contribuindo de maneira correta, você está “pagando” a aposentadoria daqueles que um dia trabalharam para pagar a aposentadoria de anteriores, e assim por diante.

E porque essa previdência precisa de uma reforma?

Fala-se sobre um rombo de quase 150 bilhões.

Ele é formado pela arrecadação de impostos menos o pagamento de benefícios previdenciários. Portanto, é quanto o governo arrecadou menos o que teve que pagar de aposentadoria para os cidadãos.

Nesse artigo eu vou te explicar mais a fundo o por que a reforma na Previdência é necessária para o país. E como você pode garantir lá na frente uma aposentadoria melhor sem depender do governo.

Então vou falar aqui pra você sobre:

Vamo aê?

 

O Rombo da Previdência


No começo dessa polêmica toda, muito se falava, principalmente na mídia, do tamanho do déficit na Previdência Social, que esse valor chegara a 150 bilhões de reais.

Déficit é quando uma instituição tem um valor maior em saques do que recebimentos. Ou seja, o dinheiro arrecadado pelo governo não é suficiente para trazer um equilíbrio as contas da previdência.

Com isso, a conta não fecha!

Desse modo, estamos ficando cada vez mais no vermelho e temos uma bomba prestes a explodir.

Com essa dívida, significa que uma hora o governo não conseguirá pagar essa conta e talvez você não venha a receber a sua aposentadoria, não podemos prever o que vai acontecer em um cenário como esse.

Sendo assim, você pode perceber que de algum jeito, uma reforma precisa existir.

Se você se aposentar um pouco mais tarde, o governo terá menos gastos públicos, dessa maneira, o Brasil poderá diminuir a carga tributária de algumas coisas. Com a carga tributária menor, possivelmente as empresas conseguem ganhar mais eficiência, se tornando mais competitivas.

Já os servidores públicos se aposentam ganhando seu salário integral. O que significa que esse salário é semelhante ao que ele recebia na época que ele parou de trabalhar de carteira assinada.

Com a PEC aprovada, os servidores públicos se aposentarão da mesma maneira que o resto da população, onde é feito uma média de toda a contribuição da vida do trabalhador.

Já que o Estado tem uma folha de pagamento altíssima graças aos servidores públicos. Sendo assim, o governo poderá economizar muito mais do seu dinheiro com esses gastos que serão cortados.

Já o valor relacionado a dívida na Previdência, pode até não ser real, como afirmam alguns especialistas, porém, sem uma reforma e uma antecipação do governo, esse déficit pode de fato passar a existir.

Caso a reforma na Previdência não passe, a confiança no Brasil cairá, consequentemente as grandes empresas passarão a investir menos ou até tirarão seu dinheiro investido no país.

Também, como possível consequência, podemos ver queda na produtividade do país, queda da bolsa e também do dólar.

 

A Aprovação da PEC


O prazo para a aprovação da reforma da Previdência social depende da votação em dois turnos no Congresso.

O texto aprovado pela comissão especial em maio ficou parado por causa das denúncias contra o presidente Michel Temer. Só agora, o governo voltou a se movimentar em relação a isso.

No fim do mandato e próximo das eleições em 2018, encontram-se dificuldades para conseguir votos para a aprovação.

O presidente tem diminuído o pacote da reforma para tentar fazer com que ela passasse pelo Congresso ainda esse ano.

Com isso, acredita-se que ela manterá a idade mínima para aposentadoria e a unificação das regras dos servidores públicos com a dos trabalhadores da iniciativa privada.

O presidente disse que o novo texto não será “muito amplo”, mas terá como objetivo “sobreviver” nos próximos anos e evitar que o Brasil passe pela mesma situação de países da Europa que adiaram as mudanças na concessão de benefícios e depois tiveram de cortá-los.

A Folha de São Paulo fez uma pesquisa entre os dias 27 de novembro e 1 de dezembro que mostra que pelo menos 220 deputados votarão contra a proposta de reforma da Previdência.

 

reforma

 

Por conta disso, a votação que aconteceria no dia 6, foi adiada apenas para quando o quadro de votação mudar, já que para ser aprovada precisa de três quintos dos votos do Congresso.

Uma informação que saiu no dia 5 sobre a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidir votar em favor da reforma pode fazer com que essa votação aconteça então na próxima semana.

Tendo eles decidido fechar questão a favor de reforma da Previdência, se tornam o primeiro partido da base a tomar tal postura sobre o tema, o que pode ajudar outros partidos a seguirem na mesma linha.

Caso confirmada a decisão, aqueles deputados do partido que votarem contra a orientação poderão ser punidos.

 

A reforma na Previdência e o teto dos gastos


Qual a relação entre a reforma na previdência e o teto dos gastos?

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto, aprovada no fim do ano passado, estabeleceu que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos) não poderão crescer mais do que a inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos.

A reforma da Previdência é prioridade número 1 da equipe econômica do governo. Junto com a implementação do teto para o gasto público, ela vai permitir a sustentabilidade da política fiscal, trazendo de volta a confiança dos investidores na economia brasileira.

Se a reforma não passar, os sinais de recuperação da economia se perdem.

A reforma da Previdência também é fundamental para ajudar a trazer um equilíbrio as contas dos estados. Com dificuldades de caixa, eles deixam de contribuir para o resultado fiscal do governo federal, o que afeta a dívida pública brasileira.

Por isso, também faz parte do esforço concentrado da equipe econômica a aprovação do projeto de recuperação fiscal dos estados quebrados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Portanto, vemos que a reforma da Previdência vai ser fundamental para que a economia se reestabeleça, pois sem ela, o teto dos gastos, não se sustenta.

 

Uma alternativa para não depender do governo


Como podemos ver, a previdência social não é a melhor das garantias para você esperar a sua aposentadoria.

Atualmente, 57,95 milhões de brasileiros contribuem para a Previdência Social. Ou seja, 64,4% da população economicamente ativa do Brasil. Porém, não há nenhuma garantia que esse dinheiro um dia irá voltar para os nossos bolsos.

Os dependentes vão ganhar basicamente quanto o Governo quiser pagar. Sendo assim, você precisa encontrar uma maneira de se libertar e poder decidir quanto ganhar e quanto gastar.

Anos atrás, a expectativa de vida do brasileiro médio era de 45 anos, com o passar do tempo, e a evolução das tecnologia e estudos científicos, esse número mudou para 77 anos.

O envelhecimento da população brasileira e a natalidade menor de hoje, juntamente com uma crise econômica, reduzem o número de contribuintes e aumentam o total de beneficiários.

Não existe um projeto que garanta a estabilidade da Previdência no médio ou longo prazo. Por isso é necessário que haja uma reforma.

Mas você vai ficar sentado na sua sala assistindo TV esperando que alguma reforma aconteça? Ou você mesmo vai fazer o seu futuro?

Você se sente seguro ao saber que seu futuro está nas mãos de um sistema assim?

Quanto mais os dias passam, mais a situação se agrava.

O ensino que temos na escola, não nos fala nada sobre investimentos, como cuidar do próprio dinheiro, nem como ter uma reserva de emergência ideal. A educação financeira é rasa, praticamente inexistente.

Portanto, precisamos nos mover e encontrar maneiras de não depender da instabilidade governamental.

Você já deixa o governo tomar decisões demais por você. A sua capacidade de tomar decisões que comandam a sua vida é extrema.

Você pode começar com pouco, o que importa é a sua iniciativa. Para isso, é preciso mergulhar nos investimentos de renda fixa.

O banco cujo investimento oferecido é a Poupança, que tem um rendimento mais baixo do que a inflação. Ou até mesmo um título de capitalização que é vendido como investimento, mas na verdade não passa de uma loteria, não são ideais.

Existem maneiras mais fáceis que fazem com que você lucre com seus investimentos fora dos Bancos, fazendo o dinheiro trabalhar para você.

Hoje o melhor título que eu te indico para investir pensando na sua aposentadoria é o IPCA+, aqui nesse artigo, nós temos um material que fala um pouco mais sobre ele.

Vamos te ajudar a entender que mesmo começando com o mínimo possível, a longo prazo, pensando na sua aposentadoria, você pode ter um investimento bastante rentável e ainda garante um futuro sossegado, sem depender do governo.

Eu falei um pouco mais sobre isso aqui nessa newsletter.

E você já começou a pensar no futuro da sua aposentadoria? Conta aê pra gente.

Sobre o Autor:

Desde o terceiro ano de faculdade decidiu que mais importante do que se formar em Engenharia era se tornar um empreendedor. Por isso participou de várias iniciativas e em uma delas foi mentorado por um ano pelo board de Healthcare da General Eletrics. Hoje é responsável pela estratégia Big Boss e as segundas-feiras toma café enquanto escreve o Granaê.
  • Mauricio Barbosa

    Muito bom artigo, André. Tenho acompanhado o investeaê desde o momento em que decidir cuidar melhor do meu dinheiro, e o resultado tem sido muito bom. Uma dica: Sugiro que vocês voltem a postar conteúdo também no medium, lá a leitura é mais agradável para quem acompanha os artigos via smartphone.

    Forte abraço!