Como você se vê
A dura missão
Eu e o Vinícius decidimos começar a escrever um livro. Há muito tempo já tínhamos essa vontade, mas faltava o tema que desse muito “T” de escrever.
Acabamos, por um acaso do destino, tendo que iniciar a escrever um. E também por um acaso, é um tema que da “T” . A meta é ter o livro físico ainda esse ano, publicado e impresso.
À primeira vista parece algo razoável, escrever um livro até o final do ano. Então, à segunda vista, você percebe que precisa descontar o tempo de revisão, diagramação, uma nova revisão e impressão.
Essa simples conta de subtração ativou aquele mini-desespero dentro de mim e me fez pensar em quão ousada é essa meta.
O benchmark
Foi então que resolvi conversar com quem está escrevendo livros para saber o que pensar sobre minha deadline para o livro.
Descobri que o prazo de uma das minhas colegas analistas é até fevereiro. Ao ouvir ela falando, deu aquele friozinho na barriga e mentalmente eu comecei a ter medo dela perguntar qual era o nosso prazo.
Voltei pra minha mesa com a certeza que o desafio era enorme e talvez não déssemos conta. Então comecei a me justificar mentalmente porque daria tempo.
Lembrei que um dos últimos romances que eu li (“Um jogador”, de Dostoiévski), foi escrito em incríveis 26 dias. E essa pequena lembrança me deu um pouco de calma.
O paralelo
Pode até ser que eu esteja só em busca de alguma justificativa para não desistir tão cedo, mas saber que teve pelo menos uma pessoa que tinha um prazo menor que o meu, e o cumpriu, me ajuda.
E sei que essa busca por extremos para nos balizarmos é algo que, como investidor, sempre me ajudou também.
Digo isso porque, à medida que você vai entendo o Tesouro Direto, Ações e derivativos, é possível que os ganhos de alguma pessoa lhe chamem a atenção e também o frustrem.
Ou até pior, façam você querer investir naquilo que outra pessoa investiu, mas sem ter conhecimento ou o estômago necessário para tal.
Assim como o livro
A busca por extremos é ótima para sabermos que não estamos nem tão bem, mas também não estamos tão mal. Imagine que apenas 1,5 milhão de pessoas investem no Tesouro Direto.
Existe um universo de pessoas ainda na poupança, ou que nem consegue poupar para investir. E você que me lê é um privilegiado por buscar esse tipo de informação financeira.
Se você já saiu da poupança merece um grandioso parabéns, sem dúvidas. Se está apenas no Tesouro Direto, já faz parte de 0,75 por cento da população e, como eu disse, é um privilégio.
Nem 1 por cento da população investe em títulos públicos e por isso você não deve se frustrar por apenas estar investindo dessa forma.
Você quis ir além
Existe espaço para ousar mais, mas acho que você é o tipo de pessoa que já investe na Bolsa. Afinal, você está com a gente no curso Ações Extraordinárias.
E se você já colocou alguns nacos em alguma empresa de capital aberto da Bolsa, parabéns mais ainda. No caso da Bolsa, apenas 0,29 por cento da população tem esse apetite para o risco.
O pior é que se olharmos a população carcerária, a Bolsa perde em número de pessoas. Sim, a população em prisões é de 0,3 por cento.
Nesse caso, somo uma população mais carcerária do que tomadora de risco. Espero que esteja satisfeito com a sua situação atual, pois eu estou.
Abraços